
Eurídice Gusmão Campelo é uma jovem mulher que mora no Rio de Janeiro dos anos 1940, mais especificamente no bairro da Tijuca, com seu marido e dois filhos.
Apesar de ter uma mente brilhante e ser boa em tudo que faz, Eurídice decide se tornar uma dona de casa após o casamento com Antenor. Alguns anos depois o casal contrata Maria das Dores, que se torna responsável por todas as tarefas domésticas. A partir desse momento os dias da sra. Gusmão-Campelo passam a se dividir entre os de completa devoção a um hobby (o que irrita seu marido) e completa indiferença com a vida (o que preocupa Antenor).
Além de seu marido, Eurídice também tem que lidar com vizinhas como a Zélia, fofoqueira profissional, e com o buraco deixado por Guida, sua irmã mais velha que fugiu de casa ainda adolescente. Ao longo do livro nós conhecemos as histórias desses personagens e o motivo pelo qual se comportam de tal maneira.
Esse livro já ganhou uma adaptação para filme que promete ser muito boa. Ele ganhou o prêmio Um Certain Regard no festival de Cannes desse ano, foi escolhido para disputar uma indicação no Oscar 2020, e tem Carol Duarte e Fernanda Montenegro interpretando a Eurídice. O longa tem previsão de estreia para final de outubro, e eu quero assistir não só pelos prêmios, mas também pela história. Eu gostei muito da maneira como a Marta Batalha escreveu o livro. E, apesar de essa ser uma história ficcional, ela poderia ser verdadeira.